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Dentista alertou pais sobre versão de queda inventada por professora para omitir que bateu com livros em menino

Testemunhas prestam depoimento sobre agressão em escola Foi a análise de uma dentista que levantou a primeira suspeita sobre a versão apresentada pela profes...

Dentista alertou pais sobre versão de queda inventada por professora para omitir que bateu com livros em menino
Dentista alertou pais sobre versão de queda inventada por professora para omitir que bateu com livros em menino (Foto: Reprodução)

Testemunhas prestam depoimento sobre agressão em escola Foi a análise de uma dentista que levantou a primeira suspeita sobre a versão apresentada pela professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, após um menino de 4 anos sair ferido de uma escola particular infantil em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Segundo os pais, a educadora afirmou que a criança havia sofrido uma queda no banheiro e batido a boca. No entanto, ao levarem o filho ao consultório, ouviram da profissional de saúde que os ferimentos poderiam ser incompatíveis com uma simples queda. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp "E pelo que as dentistas também falaram... 'Rapaz, só um tombo, né? Causar tanto machucado numa criança?' Com isso começou a surgir a dúvida", conta o pai. A RBS TV tentou contato com Leonice, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A criança perdeu um dente e teve outros cinco comprometidos, precisando usar aparelho. Após a consulta, os pais começaram a suspeitar do que realmente havia acontecido. A verdade veio à tona quando a família solicitou as imagens das câmeras de segurança da Escola Infantil Xodó Da Vovó. Pouco tempo depois, a instituição retornou a ligação, informando que a situação era grave e pedindo que os pais fossem até o local. Ao chegarem, assistiram às imagens das câmeras e descobriram o que realmente havia ocorrido. A instituição pediu desculpas pelo episódio. A agressão Professora é investigada por agredir criança de 4 anos em escola particular no RS No vídeo que flagrou as agressões, a professora aparece gritando com o menino e, logo depois, o agride com uma pilha de livros. Em seguida, ela coloca os materiais sobre uma mesa, pega um papel para limpar a criança e, por fim, segura sua mão e o leva para outro local. "Se chega a quebrar o pescoço do meu filho ali naquela mesa... Eu tenho certeza que de 8 a 10 kg, com certeza, tem naqueles livros lá", diz o responsável pela criança. A escola informa que seguiu o protocolo habitual, comunicando os pais e acionando o resgate. Após verificar as imagens das câmeras de segurança, a instituição demitiu a professora. A direção também acompanhou os pais até a delegacia e entregou o material à polícia. A direção divulgou, em nota, que "segue à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e reitera seu compromisso diário com uma educação baseada no cuidado, na ética e no bem-estar das crianças". O aluno estava na escola há cerca de dois meses. Ela foi escolhida porque deu segurança aos pais. A investigação A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) instaurou inquérito para investigar o caso como lesão corporal. "Ao final, a gente vai conseguir tipificar exatamente esse crime. Poderá ser uma lesão corporal qualificada, mas a gente também consegue visualizar que há a possibilidade de enquadrar um crime de maus tratos qualificado ou, eventualmente, até uma tortura qualificada", comenta a delegada Thalita Andrich, que responde interinamente pela DPCA. Conforme informado pelos pais, o menino está em recuperação, mas enfrenta restrições alimentares e emocionais. "Ele não pode fazer força nos dentes. Então, é só papinha, só iogurte, sopinha, arroz e feijão amassado. É triste falar, é ruim. Sinto ele muito com medo. Qualquer barulho para ele, ele está assustado, até conosco. E é um trauma. Fica um trauma. Trauma para sempre", desabafa o pai. Apesar do choque, os pais afirmam que não culpam a escola, mas querem justiça: “Quero que ela vá presa. A situação é difícil. O pior de tudo é ver o filho da gente ter que almoçar de canudo, jantar de canudo. Isso é o que mais dói. Isso não se faz, é um inocente”, conclui o responsável. Professora é investigada por agredir criança de 4 anos em escola particular no RS Reprodução/ Câmera de segurança O que diz a escola "A Escola Xodó da Vovó lamenta profundamente o episódio ocorrido envolvendo uma professora e um de nossos alunos. A profissional foi imediatamente afastada, as autoridades policiais comunicadas e a família da criança está recebendo todo o apoio necessário. Reforçamos que a apuração dos fatos e a devida responsabilização estão sendo conduzidas pelas autoridades competentes, que contam com o total apoio e colaboração desta instituição. Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a segurança, o respeito e a integridade de todos os nossos alunos e não toleraremos situações que contrariem os valores desta Escola Infantil. Seguiremos colaborando integralmente com as autoridades e trabalhando para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os nossos alunos. A Escola Xodó da Vovó segue à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e reitera seu compromisso diário com uma educação baseada no cuidado, na ética e no bem-estar das crianças. Estamos juntos com nossa comunidade para fortalecer ainda mais um ambiente de confiança, aprendizado e acolhimento. Departamento Jurídico Escola Xodó da Vovó" VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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