Fornecedora de fabricante de armas do RS concede férias coletivas por impactos do tarifaço
Fabricantes de armas avaliam dar férias coletivas a trabalhadores Ao menos 40 funcionários de uma empresa subsidiária e fornecedora de peças da fabricante d...

Fabricantes de armas avaliam dar férias coletivas a trabalhadores Ao menos 40 funcionários de uma empresa subsidiária e fornecedora de peças da fabricante de armas Taurus, em São Leopoldo, Região Metropolitana de Porto Alegre, entraram em férias coletivas desde a primeira semana de agosto. A medida foi tomada pela empresa após os efeitos do tarifaço que impactou as exportações para os Estados Unidos. A empresa tem operação no Condomínio de Fornecedores da Taurus. Os produtos tinham como destino específico o mercado norte-americano. "A medida faz parte da estratégia informada anteriormente de início da transferência de montagem das pistolas da família G para a unidade da Taurus nos Estados Unidos, a partir de setembro, e antecipação da exportação de peças e componentes, com o intuito de minimizar o impacto da 'taxação'", afirmou o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Inicialmente, as férias foram concedidas por 15 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 15. Sindicatos foram chamados para negociar alternativas com a empresa. 📉 Exportações comprometidas A Taurus exporta 80% de sua produção em São Leopoldo para os Estados Unidos e emprega 2,7 mil trabalhadores. A direção da empresa informou que a taxa de 50% sobre os produtos praticamente inviabiliza as exportações. Em Montenegro (RS), a unidade da Companhia Brasileira de Cartuchos também comunicou férias coletivas a 250 dos 2.500 funcionários. A empresa é, atualmente, a quarta maior geradora de retorno de ICMS para o município. A empresa negocia com o governo do estado uma medida compensatória para antecipar o pagamento de créditos de ICMS, como forma de reforçar o caixa e enfrentar o período de queda nas exportações. Em nota o diretor executivo Comercial & Marketing da CBC, Paulo Ricardo Gomes, afirmou que a empresa "está revendo seu planejamento estratégico e adotando medidas para minimizar os efeitos do 'tarifaço' de 50% imposto a produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos". Confira o restante da nota: "Além disso, caso a sobretaxa permaneça em vigor, até um terço das linhas de produção podem ser transferidas para os Estados Unidos, maior mercado consumidor de munições do mundo. Isso porque a CBC precisa fazer frente a outros concorrentes norte-americanos e internacionais que vendem nos Estados Unidos e com 50% a mais de tarifa não é possível competir. Neste contexto, a companhia está buscando alternativas, porém não existe um mercado consumidor tão forte como o norte-americano. Por mais que a empresa desenvolva o mercado europeu e o asiático, onde a CBC já vende seus produtos, acreditamos que pode haver impactos e, talvez, seja necessário fazer ajustes no número de funcionários e transferir, eventualmente, algumas linhas para os Estados Unidos. Empresas do RS avaliam impacto de tarifaço de Donald Trump Reprodução/RBS TV VÍDEOS: Tudo sobre o RS